Quem avança para Bragança? Pergunta ou sugere o Alexandre.
A região bragançana é território atractivo e as acessibilidades estão a ser melhoradas. É também território de muitas vocações perdidas que exerceram a infância na Barrosa.
A Barrosa teve este ano a visita de cerca de 3 dezenas de participantes num sábado de maior formalidade e que não é o dia mais apetecido, comparando com o almoço domingueiro onde estiveram mais de 40 pessoas.
Faltaram maratonistas dos Encontros por razões diversas mas apareceram caras novas. Recordo que no dia 18 de Junho de 2005 estiveram em Conimbriga 67 pessoas sob intenso calor. Foi um dia intenso, com um almoço de leitão à sombra das oliveiras. Muitas caras novas.
O Encontro do Minho, o Encontro das Beiras, o de Messines, o de Alcobaça, o do Sabugal são outras manifestações recentes de convivência que se confrontam com os Encontros de Gaia.
São claramente espaços diferentes de reencontro e vivências: andar meio quilómetro em marcha atrás na serra das Mesas em autocarro e em estrada florestal, beber água gélida nas nascentes do Côa, comer arroz de cabidela de coelho, cabrito assado no forno, leitão à Albertino, vitela de Folgosinho e javali com feijão, tudo numa só refeição, depois das morcelas, chouriços e queijos é obra que não se encomenda para a Barrosa e as emoções são muito diferentes e irrepetíveis, num contraste que faz bem..
Vamos assentar estacas e fugir um pouco a normativos: a última vez que estivemos em Gaia foi em 2009 e lá voltámos este ano e dissemo-lo em Gouveia que o faríamos este ano e cumprimos sem a importância das regras estatutárias que os estatutos não rezam como pretendia dizer o Diamantino. E todos convivemos bem e tivemos sempre connosco o padre Faustino, que é um de nós e nos interliga com a casa mãe que ele hoje dirige.
Não vai faltar quem avance para Bragança... em Gaia é mais difícil fugir ao padrão pois repetir em qualquer das regiões que já visitámos, traria também alguns constrangimentos de planeamento.
Diz o Alexandre que o nosso tempo começa a tornar-se pouco, quando discutimos viver 2 dias de um ano que tem 365.
O desafio está feito mas para Bragança não faltam colaboradores...
QUEM AVANÇA PARA BRAGANÇA?
Antes de mais, peço desculpa por tão longo silêncio e por só agora regressar a vila nova. E ao último encontro anual.
Deixei acalmar a poeira fonética para poder comentá-lo com alguma serenidade. Apenas duas notas de apreciação. De um lado, o indesmentível empenho da organização.
O Sousa Pires habituou-nos já a este esquema simples e de certo modo eficaz. Ele pôs as mãos no trabalho, sem grandes apoios laterais, e convidou-nos convictamente a mais uma deslocação "nacional" à casa-mãe, ao ponto de partida da identidade comum da PALMEIRA.
Percebe-se que fez quase tudo sozinho, sem quaisquer certezas de adesão ou retorno. Outros teriam desistido. Ele apostou e todos de certo modo ganharam.
Um sentimento de gratidão fica bem a todos. Apesar de não serem muitos os que trocaram a vidinha pelo encontro.
Mas há o outro lado das coisas. Neste caso, a resposta, a reacção, a atitude. Pressente-se uma espécie de decadência precoce. Os sócios caíram genericamente numa passividade frouxa, quase senil, como quem aguarda que o presidente da junta leve os velhinhos a passear. Eles não exigem muito. Basta que se lhes acene de longe e eles lá irão, poucos ou muitos, mas sempre dá para um almoço solene, ruidoso, temperado a tintol e basta.
O essencial é ver a malta, dar um abraço avulso, afinar um pouco a fé e ala que se faz tarde. Tudo isto é legítimo e natural. Mas convenhamos que é pouco. Então direi que neste sentido não integro o coro retórico dos elogios. É pouco de mais para quem terá de vir de longe a tão pouco encontro.
Percebendo-se o perigo, sugeriu-se que uma comissão de três voluntários, tenham eles a ideia que tiverem, programem, em cada ano e com a devida antecedência, a festa da associação, a realizar na data e no local que entenderem. Apurou-se que de dois em dois anos será em Gaia. Tudo certo.
Mas que haja proponentes em qualquer dos casos que assumam esse serviço, em colaboração com a presidência.
Não podem ser sempre os mesmos, a mostrar o seu talento ou voluntarismo. Capacidades não faltam a ninguém. E os locais possíveis, como já se demonstrou, são mais do que os anos que restam para que isto valha a pena. Pede-se generosidade, criatividade, identidade.
Fica proibido desistir, discutir inflamadamente, e nada fazer no terreno. Quem é que avança? Tudo valerá a pena desde que não se imite ninguém nem se plagie quer o que já se fez, quer o que já foi dito.
A propósito, onde fica bragança?
Com o outono veio a chuva que tardava mas traz incómodo.
Ontem tive por cá o Peinado numa visita fugaz mas sempre agradável e ainda esteve a tempo de dar um abraço ao Júlio Samorinha que também teve a amabilidade de vir a Esposende já em fim de dia.
Aproveitamos para desenvolver a conversa.
Em Palmela houve almoço de arroz de lebre na passada sexta feira, rijinha mas generosa nos paladares.
Os sete deram conta do recado, e conviveu-se à volta de uma boa mesa...
Canto hoje a palavra liberdade.
Foi-se à vida mais um reduto do abominável estalinismo: Santiago Carrilho se marchou.
"Qué cantan los poetas andaluces de ahora"?
Liberdade, liberdade, liberdade, liberdade, liberdade, liberdade, liberdade, liberdade, liberdade, liberdade.
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