2012-10-18
Assis - Folgosa - Maia
Olá, amigos...
Deixai que me espreguice um pouco...Deitei-me por volta das 3 h depois de ter posto a leitura das mensagens em dia. Até há bem poucos minutos, sentia-me quase como o Aventino, não a fazer a "poesia bela", mas como quem acaba de ler algumas páginas da filosofia nihilista de Sartre: Sem ter nada para dar, nem nada desejar receber... Abri agora, porém, o computador depois do almoço e recreio-me nos vossos escritos ricos em sabores. Mas vou lá fora ainda antes de vos juntar qualquer palavra mais...
Voltei. Não chove, mas também não há sol. Lá fora, fui recebido por sorrisos de miríades de flores, pequeninas, e o pio do Pisco. Ele voltou e veio acompanhado. Há outros, mas só um, ele, me reconheu. Cantou e respondeu ao meu desafio desentoado. Veio para mais perto e ali, descontraído, ficou ele a olhar-me. É ele, sim, o do ano passado. Já conhecia o diospireiro e pelos seus ramos se ficou. Como espantá-lo, amigo Ribeiro?... Quiçá ele tenha escutado os elogios do meu amigo aos diospiros do ano passado. Este ano, a chuva e o vento vieram juntar-se à passarada e aquela qualidade, então cantada pelo Ribeiro, está bem longe da qualidade dos disospiros já caídos ou ainda seguros nos ramos da árvore. Todavia, a quem os desejar provar, fica o convite para os vir guardar da passarada - gaios e melros - e lançar mão dos que se apresentem já apetecidos. E, se os diospiros não bastam, os physalis podem bem juntar-se-lhes. São abundantes e igualmente saborosos.
Quanto ao desafio lançado pelo Né Vieira, é questão de marcarem a data. Apenas, por razões familiares, peço não sejam escolhidos os dias 10 e 11 de Novembro. Vou estar ausente de Cabanas. Preferia, como o Aventino, ir jogar a bola, a pelota contra o frontão, a barra, o beto, o hóquei em campo, um passeio até Madalena, e até fazer um poema belo, como o seu, à minha mãe que Deus já há muito tem...mas há razões que nem sempre a nossa razão pode controlar...Ficai com o meu abraço fraterno.