2012-12-05
Mário de Oliveira - Macieira da Lixa
Companheiros, Amigos, Irmãos. Lá, onde onde formos Mesa compartilhada, somos sempre felizes. Mesmo que não haja casa. Só trincheiras, que estes dias de Primeira Grande Guerra Mundial Financeira que vivemos, até as casas nos roubam. E não nos roubam a alma/identidade, se, como Jesus, vivermos sempre em deserto e resistirmos ao Tentador, Tudo te darei, se prostrado, me adorares; ou, Diz a estas pedras que se transformem em pão; Ou, Atira-te daqui do alto do Templo abaixo, que Deus enviará os seus anjos para te ampararem, a fim de não magoares os teus pés nas pedras. Fomos felizes, naquele 24 de Novembro, em Casa do nosso querido F. Assis, porque fomos Mesas compartilhadas. Sermos Mesas compartilhadas, é a via Jesus, a da sororidade/liberdade/vasos comunicantes. Só SOMOS plena e integralmente HUMANOS, se somos Mesas compartilhadas uns com oss outros. Para chegarmos a este patamar do plena e intergralmente HUMANO, temos de recusar transformar as pedras em pão; ter um deus à medida das nossas ambições de animais racionais; sermos Poder e agentes do Poder, o sagrado e o laico, ou no vértice de pirâmide, ou no meio da pirâmide, ou na base da pirâmide. Quem diz que sermos humanos é coisa fácil, mente-nos. Para Jesus, a nossa referência última, ser plena e integralmente HUMANO, leva-o não ao céu, mas à cruz do Império, numa decisão primeira dos sumos-sacerdotes do Templo de Jerusalém. O que faz dele, o Maldito dos Malditos. Para sempre. Mas também o nosso Paradigma. A quem nos quiser levar por outra via, que não a do plena e integralmente HUMANO, sempre havemos de ser Jesus e praticar/dizer, sem que as pernas e a voz nos tremam, Vade retro, Satana! E, como ele, sermos a toda a hora e em toda a parte, Pão Partido que se dáa comer, Vinho Derramado que se dá a beber. Bendito o dia 24 de Novembro 2012, em ORBACÉM, na Casa do Assis, onde ensaiamosser Mesas compartilhadas. Prossigamos, que estreita é a porta e apertado o caminho que nos leva à plenitude do Humano, outras, outros, Jesus, terceiro milénio. Dou-Vos o meu colo.