2013-01-15
manuel vieira - esposende
Há minutos tirei duas de conversa com o Martins Ribeiro, que se dizia acochichado em frente aos aquecedores que contrariavam a branda friúra avistada no alcandorado presepial das aldeias do lado do Mezio, como bem diria Manuel de Boaventura nos seus Novos Contos do Minho.
O Minho está fresco e recomenda as boas lãs e o macio algodão que não engana e dos Arcos se avistam as serranias a cingir-se de invernos curtos com os cumes brancos de amostragem breve.
São as paisagens de contrastes breves que convidam aos bons comeres de lembranças fartas.
O nosso Martins Ribeiro, que tanto se queixa dos cortes duros e da maleita do malfadado orçamento geral, é um privilegiado bon vivant dos ares ternurentos das paisagens sadias do idílico Minho.
"Apascenta" as vistas no que de belo a natureza dá, conforta-se com o que de bom as mãos sábias trazem às cozinhas, ilude-se com o que a natureza por vezes passeia nas avenidas do Vez. É um sortudo, diremos nós!