2013-03-16
manuel vieira - esposende
As voltas que o mundo dá, passando por Navarra, Sesimbra, Macedo, Torre de D.Chama, num percurso de ligação às diferentes fases da vida destes nossos colegas.
É evidente que a minha memória teve de assentar nas listas dos diversos cursos para referenciar alguns colegas do tempo do Lamas.
Também do seu tempo, mas no 5º ano, era o Meira que produz um verde branco casta loureiro na sua quinta em Crespos, pegado a Navarra, juntinho ao Cávado.
Gostei de Torre de D.Chama quando a conheci com a sua ursa granítica e ali perto visitei Vilarinho de Agrochão onde este fim de semana vai decorrer a feira do Folar com produtores locais. O Folar que era ansiosamente esperado na Barrosa neste período de férias de Páscoa, quando os colegas transmontanos iam à terra. Hoje parece que têm menos carne e ainda sinto o aroma das fatias amarelinhas divinamente recheadas de enchidos e outras carnes porcinas e até as migalhas que espalhavam a abundância eram copiosamente sorvidas. O Folar ficou-me profundamente marcado nas memórias dos sabores e dos aromas de uma adolescência abundante em experiências diferentes que afogavam os recordares da infância rude de bens.
Trás os Montes tem uma gastronomia rica que merece distinta promoção por ser também um produto turístico estratégico a ter em conta e que atrai, e a aposta tem sido nos enchidos com as suas Feiras frequentes.
No caso referido de Vilarinho de Agrochão e Agrochão por onde o meu pai e a minha avó calcorrearam caminhos a pé ou de burro de terra em terra até Celas, passando por Edrosa e Penhas Juntas, nessas pequenas localidades onde predomina o xisto, o Folar domina nestes dias a preanunciar a Páscoa.
Ficam-se essas recordações...