2013-04-22
manuel vieira - esposende
Meu caro Aventino,
O Douro convive com a Régua e partilha belezas e sabores com quem os visita e como diz o Gaudêncio as vizinhanças transportam sítios magníficos. Há uns anos descemos o Corgo de comboio até à Régua vindos de Mateus e de Vila Real e almoçámos do outro lado do rio, mesmo no extremo da ponte ferrosa, num restaurante de cor amarela.Foi magnífico. Nesse Encontro reencontrámos o Quina que reside em Bragança mas é de Avelanoso, Vimioso.
Quanto às memórias em Acta, elas apenas terão a ver com as deliberações importantes da Assembleia Geral, que aprovavam as Contas e apontavam os resultados e os nomes dos Órgãos Sociais.
Existem Actas, existe um livro que as suportam, existem Actas em documento avulso e outras que existirão também avulsas em alguma sebenta ou folhas soltas a precisar de arranjo.
As melhores Actas dos Grandes Encontros sobrevivem na nossa revista Palmeira e nas imagens que se gravaram e que estão disponíveis para reviver. Dos grandes temas, das mesas abundantes de bons cheiros e sorrisos como no Zé Nabeiro no Soito ou em Folgosinho, da água cristalina da nascente do Côa na serra das Mesas nos Fóios, da paisagem avistada da torre de menagem do castelo do Sabugal ou de Santa Luzia vianense, do ambiente de Cister em Alcobaça e de muitos outros cenários , desses as Actas não falam.
Mas como Organização com personalidade jurídica não devem faltar as Actas e com recurso aos registos que "andam por aí" esse passado deve ficar normalizado.
Gostei muito do poema do Martins Ribeiro, que tanto nos diz como ex-reclusos como diria o Peinado, que ontem encontrei em Esposende a passear na Marginal onde se procurava recompôr dos efeitos dos tratamentos que tem andado a fazer.
Deixai as andorinhas voar porque a Primavera está aí e elas deslizam em chilreios entre Navarra e Porto de Ovelha, terra dos Monteiros do meu tempo.