2020-02-03
alexandre gonçalves - palmela
ARROZ DE LAMPREIA
Com versos ou sem versos, quem se chega à frente com uma proposta concreta, com dia, com lugar, com transporte? Talvez daqui, deste sul cansado, ainda haja resposta para atacar o dito acepipe. É sempre dois em um: é encontrar cumplicidades e activar tradições gastronómicas, de sabor cultural. Avancem, amigos meus! "Ainda não é o fim. Está só a fazer-se um pouco tarde"!
"Ser AAAR é ser poeta", inquietante Aventino? Qual é a tua ironia? Ou és otimista para redimir a decadência? Seja o que for, a atitude é o primeiro passo. Temo que não se tenha aprendido a envelhecer. Antecipa-se impunemente o fim, sem que tenha havido princípio e meio. Esta precocidade, que faz sentar os anos nas mais diversas indolências, não rima com poesia nem com sonhos. Ajusta-se antes às ideias gerais, à passividade e a hábitos distantes. Tudo o que se fizer para acordar a população é sempre uma atitude redentora. Venha daí o arroz de lampreia, de acordo com a sensibilidade das maiorias. Sejamos felizes mais uma vez. Deixemos o vinhão deslizar sobre a sede adiada. 2020 já roda em vertigem. Acreditemos que ainda se pode fazer uma suave perturbação na tranquilidade dos silêncios aristas. Desde que não nos feicebuquemos!!!!!!!!