2020-06-29
Arsénio de Sousa Pires - Porto
Venho aqui ao raiar dia
pôr flores na campa fria
da nossa Associação.
Olho em volta com esp’rança
de ver se alguém avança
e grita: RESSURREIÇÃO!
O agitador Aventino
com seu jeito viperino,
lançou a competição.
Mas, tal como ontem, hoje
vem aqui… caga e foge
entrando em hibernação.
O Alex, como sempre,
botou poema prà gente
e partiu pra parte incerta.
O Gaudêncio ripostou,
suspeitas me levantou
e fugiu… que o medo aperta!
O Vieira, Presidente,
como tal, tem bem presente
o dever de acreditar.
Verteu água na fervura
mas a esp’rança pouco dura
quando nada há a esperar!
O Lamas nunca desiste,
produz em cadeia e insiste
disparando para o ar:
- Onde está o resultado
deste concurso marado?!
Sou eu quem deve ganhar!
Outros, vendo o desafio,
corresponderam com brio
querendo participar.
Mas o Corona malvado
mantém o júri internado
até o Aventino voltar.
Assim vai a Associação,
entrado já o verão,
fazendo confinamento.
Pensa que por ‘star deitada
no sofá refastelada
o vírus morre co vento.
Acaso a Aaar desconhece
que do Corona azarento
há muito que ela padece?!