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2014-02-02

A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

CANTARES AO DESAFIO

 

 

Estou aqui hoje, neste domingo frio que provem do alto da serra da Peneda e que dá para encolher um santo, e verificando que o nosso site anda um bocado parado - se calhar também por via do frio - resolvi aquecer as mãos teclando um pouco nesta máquina científica. Assim e depois de ler a última postagem do nosso Vieira, sempre cheia de conceitos da mais alta arte culinária e reportando-me ainda á tão saborosa “foda” que nos foi servida pela Cidália na sua Pousada do Sossego em Barroças e Taias, trago aqui á baila a sequência da versalhada que dela resultou, iniciada pelo grande versejador, nosso amigo Lamas. Como estamos no Minho onde os cantares ao desafio são uma prática muito utilizada em feiras e romarias, acompanhadas pelo inconfundível som da concertina, isso vem mesmo a propósito; só que, não tendo concertina nem sequer uma reles gaita, vai mesmo e só com a simples transcrição da versaria. O repto começou pelo primeiro cantador - vou chamar-lhe assim - o grande poeta Lamas que logo no dia do repasto me enviou para o mail pessoal  o seguinte relambório que foi mostrado a alguns dos comensais:

 -Bom dia amigo Ribeiro. Que hoje seja um óptimo dia de festa junto desses companheiros que puderam acompanhá-lo. Eu gostaria de participar mas bem sabe o amigo que não me é possível. Esta era para o Peinado mas pensei melhor e resolvi dedicá-la a todos.


1º. cantador:

  • Perguntaram-vos se íeis ao banquete.
  • Como resposta devíeis ter dito não.
  • Porque ela pode levar-vos ao tapete
  • Essa que se diz foda de Monção.

 

Não perdeu pela resposta que logo chegado a casa lhe retruquei da seguinte forma:

Amigo Lamas:

Estou a chegar e só agora respondo á sua amável mensagem que li para todos em voz alta. A coisa correu lindamente e pareceu estar tudo muito bom. Teve direito a fotografias e tudo.

Comemos todos que nem burros mas logo arranjaram pretexto para marcar uma lampreiada, pelos vistos, aí no seu reduto. 


2º. cantador - Eu

 

  • A "foda" mostrou ter boas coxas, 
  • Só que p'ra desilusão
  • As "marretas" estavam chochas
  • E só olhavam p´ro chão.

 

Tendo falado em coxas e percebendo que o Lamas poderia não entender, tentei explicar-lhe a razão:


Amigo Lamas:

estou para lhe dizer que esta das coxas não fui eu que a  inventei: quando veio o alguidar para a mesa ouvi a cozinheira a exclamar para os comensais: " ... digam lá se esta "foda" não tem uma belas coxas!"

E, reparando bem, até tinha mesmo; com os joelhos um bocado esfolados, mas eram lindas. Ninguém tinha dado por ela mas a moça nesse aspecto tinha bem mais prática que nós. 


2º. cantador:

 

  • Quando eu falei nas coxinhas
  • Não foi uma coisa á toa:
  • As palavras não são minhas
  • Quem as disse foi a patroa.

 

Vai daí, o Lamas não se ficou e contrapôs, espicaçado:


E depois, eu é que sou o poeta. Amigo Ribeiro, depois desta sua apresentação dos factos, só me ocorre dizer que essa cozinheira, já confeccionou grandes cozinhados.

1º. cantador

 

  • Eu quero lá saber
  • Que a coxa tenha o joelho esfolado
  • Se sempre ouvi dizer
  • Que isso é coisa que se afasta p'ró lado.

 

Ia dar o assunto por encerrado mas o Lamas, dali a dias, insistiu:


Meu caro amigo, Martins Ribeiro.

A tal 2ª de Monção, continua tecendo apelos à inspiração; e a prova de que assim é, aí está.


    1º. Cantador

 

  •    Que apartar p'ró lado ouvi dizer   
  •     Foi o que atrás deixei dito
  •     Mas referia-me às da mulher
  •     E não às do cabrito.

 

Perante a insistência não pude deixar de responder:


Caro Lamas:

Era escusado ter esclarecido que eu já sabia disso: mas há uma diferença:


2º. Cantador

 

  • Já é sabido esse formato
  • Disso ninguém reclama:
  • Só que umas apartam-se no prato
  • E outras abrem-se na cama. 
E para encerrar a cantoria agora meto mais esta:
2º. cantador
  • Com a “foda” estes sujeitos, 
  • Mesmo co’a barriga cheia
  • Não ficaram satisfeitos
  • E logo arranjaram uma lampreia.

 

E pronto. Agora termino mesmo e mando o recado  ao magnífico Peinado para o informar de que, não havendo um terramoto, pode contar connosco na grande lampreiada do dia um de Março.

Co’um raio, também gosto ... e muito!




 

 

2014-02-02

manuel vieira - esposende

A Pousada do Sossego a caminho de Monção, na bucólica aldeia de Taias, reside junto a um ribeiro que nesta altura murmura de águas límpidas que escorrem vale abaixo.

As mãos sábias da D.Maria gizaram um magnífico cabritinho assado no forno com os temperos adequados à receita com tradição, mas curiosamente foi o arrozinho seco com toque de açafrão que acolitava o "dito cujo", o que mais enaltecido foi naquela mesa comprida.

Diria a D.Maria que o cabritinho passa por 3 águas preparatórias, cada qual com o seu elenco de temperos e o arroz vai ao forno de lenha em travessa de barro que suporta em grelha a suculência das carnes caprinas e ali se esmera lentamente.

Ora o arrozinho guloso que tantos elogios cultivou, elabora-se em calda enriquecida em cozinhado de galinha, carnes porcinas e enchidos caseiros que lhe dá aquela mestria de sabores.

A "foda à Monção" tem os seus segredos que dão maior substância e apaparicam este manjar minhoto, mas são os saberes das mãos mestras como as das D.maria da Pousada do Sossego que causam este desassossego salivar.

Por vezes coisas bem  simples como uma sopa transmontana de alho em pão de centeio caseiro, com azeitinho de acidez média e acolitada de um ovo escalfado,  aquece desmesuradamente os nossos apetites.

Tudo isto para introduzir a saciante lampreia em arroz que o nosso Peinado anunciou, uma cabidela do magnífico ciclóstomo que tem indefectíveis apreciadores que percorrem estradinhas e estradões para se  "prazentar"  nas catedrais da boa cozinha.

O restaurante S.Frutuoso em Braga tem na cozinha a experiência e saberes da D.Argentina, esposa do nosso colega Lamas, que já nos mostrou em vários repastos o porquê da fama das suas artes na gastronomia tradicional.

A estação ferroviária de Braga fica a poucas centenas de metros daquela catedral gastronómica e a vinda à capital do Minho é também oportunidade para uma visita à sua monumentalidade histórica e riqueza urbana.

 

2014-01-28

António Peinado Torres - Porto

ARROZ DE LAMPREIA.

 No próximo dia 1 de Março, pelas 13 horas reuniremos na catedral gastronómica de S, Frutuoso em Braga.

 Este local foi escolhido por 2 motivos: 1º a acessibilidade para quem vier de Lisboa e de comboio.

 2º a elevada qualidade da confecção dos produtos que produz.

As reservas serão aceites quando efectuadas até às 12 horas do dia 21 de Fevereiro, aqui neste site ou através dos telef. 961 250 894 ou 253 623 372.

 Amigos inscrevam-se, a comissão promotora não aceita RECLAMAÇÕES .Peinado

2014-01-28

António Peinado Torres - Porto

» Boa tarde amigos e companheiros.

 Ainda a "FODA À MONÇÃO: " O nosso companheiro Arsénio já traçou uma panorâmica do que se falou, dos que estiveram presentes , e eu só acrescento toda a minha admiração que tenho pelo Senhor MARQUÊS DE VALDEVEZ, pois com 81 INVERNOS FEITOS, áinda nos conduziu à POUSADA DO SOSSEGO, para realizarmos o acto.

 Meu caro ANTÓNIO ALEIXO, não foi no tapete, nem na cama, mas sim à volta do LENHO, que apreciamos e deglutimos a DITA, que para mim esteve bem melhor que a anterior, mas não , a experiência também conta. Perdoem-me mas o arroz estava SUPER, SUPER DELICIOSO.

 Tivemos 3 bons amigos e amiga pela lªvez, a CAROLINA, O ZÉ CASTRO e o BELMIRO.

 Bem haja MARTINS RIBEIRO, que a próxima seja no próximo ano, para uma ASSOCIAÇÃO que está em declinio, já não será nada mau.

 Um abraço para todos e atÉ AO ARROZ DE LAMPREIA. Voltarei Peinado

 

2014-01-26

Arsénio Pires - Porto

Amigos:

 

1. O tal “dia da segunda de Monção” chegou, viu e… VENCEU!

E todos roubámos as palavras ao nosso Eça:

- Ah, desta “segunda de Monção”, sim! Oh que “dita cuja”! Que delícia!

E todos à uma:

- Também lá volto!

 

Só visto e provado! Quase que apetecia pernoitar por ali.

 

Estávamos:

Vieira, Castro, Peinado, Belmiro, Diamantino, Sacadura, Assis, Meira, Conceição e Martins Ribeiro, Carolina e Arsénio.

 

2. De quase tudo se falou um pouco e da Palmeira também!

Numa coisa todos estivemos de acordo:

Enquanto existir a Associação, a Palmeira existirá. E vice-versa!

Pode não aparecer tantas vezes como até aqui.

Então eu disse:

O costumado número por alturas da Páscoa só vai sair se houver 1220 euros.

 

Já temos donativos à volta de 350 euros.

 

Amigos, como dizia o outro, façam o favor de ser felizes!

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