2014-01-06
José de Castro - Penafiel
MAS EU NÃO FICO À ESPERA DE GODOT!
Ante de mais quero penitenciar-me pelo esforço a que obriguei os meus Amigos, em virtude do formato que escolhi para a página anterior que esvrevi.
Disse que voltaria e aqui estou. Não ficarei à espera de Godot.
Sobre o assunto que aqui me trouxe (continuação), "nem jus nem mus"... mas isso não é motivo pera esmurecer. Pelo contrário! A PALMEIRA está viva, assim como o que ela representa para nós e por isso há que chamar o tema à colação, mesmo que possa parecer incómodo ou de difícil abordagem. Antes de mais e sem peias, devo dizer que o Aventino atirou o assunto da PALMEIRA e em boa hora o fez. Fez críticas que como não poderia deixar de ser, foram muito bem recebidas e escalpelizadas com maestria pelo Arsénio. No essencial a resposta do Arsénio respondeu a tudo.
Mas não há ainda respostas para aquele saldo negativo. O Peinado, homem de contas e delas à moda do Porto, de imediato levantou a lebre mas ela não parou de correr e nada mais foi dito. Claro que da tal Comissão não queria eu fazer parte... Já para conseguir algum tipo de apoio para quem dele verdadeiramente carece como seja matar a fome a um ser humano, ou tomamos a iniciativa e fazemos, ou se ficamos pelas boas intenções bem o desgraçado morre à espera de Godot, quanto mais se se trata de encontrar financiamento para uma publicação que em regra é dirigida a quem felizmente não tem fome.
QUEM PODE PAGAR, DEVE PAGAR!
Nós não sabemos quem pode pagar mas não será dificil presumir quem não pode pagar... Já é um passo. Esses são na minha maneira de ver, os primeiros destinatários da nossa PALMEIRA. Não que atraves dela se pretenda doutrinar quem quer que seja. Qualquer abordagem que tenha essa pretenção, pessalmente, estou sempre em desacordo, porque me parece mal pregar seja que doutrina for. Todos nós estamos doutrinados e se não estamos também será tarde para doutrinas. Mas, falar das nossas coisas, seja em português jornalístico como gosto eu, ou em escrita criativa como felizmente muitas vezes somos brindados por outros, é sempre tema que a todos cativa. É a matriz que todos trouxemos. Ex.:
Muitos de nós falam dos traumas que os marcaram à saída do seminário porque a mulher era diabolizada e tiveram sérias dificuldades em aproximar-se do sexo oposto. Pois meus Caros; A minha dificuldade foi ter ficado no sexto ano num colégio interno só para rapazes que ainda hoje se mantém em actividade, mas mesmo assim com dezasseis anos perdi a virgindade... Comi quanto pude mas as balizas eram muito pequenas. Não digo que o seminário não me tenha marcado porque me marcou para a vida. Ali me foram transmitidos princípios e valores pelos quais ainda hoje me norteio e que tento transmitir às novas gerações porque são cada vez mais raros. Dali aos dezoito anos saíam Homens. Hoje, com muita pena minha, aos dezoito anos e excluídas as matérias de sexo (porque já nascem ensinados), os nossos jovens ainda andam de babeiro para as questões sérias da vida. Se os pais os deixam sós, morrem de fome!
E tu? Como foi? Ficaste à espera de Godot?