2014-08-14
Aventino Pereira - PORTO
Vá lá. Vão aos Estatutos da ASSOCIAÇÃO. Já está? Já? Agora, leiam bem o artº 5º. Leram? Fixaram? Pois é. Nem era preciso que ali estivesse escrito aquilo que constitui um princípio do associativismo, um princípio ético universal que se impõe a quem é associado do que quer que seja: o de participar nas reuniões, nos actos, nos objectivos da Associação a que cada um pertence.
Assim é que, a regra não pode ser esta, a de quem vai à reunião de 20 de setembro tem que se inscrever. A regra tem que ser exatamente a regra contrária: quem não for é que tem que dizer que não vai e, se assim entender, como princípio de colaboração e transparência, porque é que não vai.
Compreendo o apelo da comissão de organização do Encontro Anual. E esse apelo visa, naturalmente, questões de logística, da qualidade do programa e do sucesso do Encontro. A comissão sabe do que fala, sabe de como se têm comportado os AAR´s e sente que sem apelo, sem um apelo forte à participação de todos, "as coisas" só tendem a piorar. Mas temos que inverter este proceder dos associados. Ninguém está na Associação a tal obrigado mas quem é associado tem que ser ativo, participativo, participar com o seu talento, nem que o seu talento seja apenas o de estar presente.
Quando os meus filhos eram pequenos, de vez em quando não queriam comer, como acontece, certamente, com todas as crianças. A mãe ficava triste e tentava a todo o custo que os filhos comessem o que ela entendia que eles deveriam comer. Raramente funcionava. Então eu fazia o discurso do contrário: "não queres comer, não comas; levante-se o prato; comes amanhã, se quiseres". Paravam as lágrimas de imediato e, mais garfada menos garfada, lá comiam o que muito bem entendiam.
Apetece-me fazer este discurso para com os AAR´s. Não querem ir ao Encontro Anual de 20 de setembro? Pois então não vão. Esqueçam. Divirtam-se de outra maneira qualquer que, como diz o nosso povo, "só faz falta quem lá estiver".