Não vou esperar mais. Vou partilhar as minhas impressões com os amigos da AAAR.
Tudo correu bem, a generosidade dos órgãos gerentes dos Ar’s, o pic-nic que, embora não sendo à moda de Manet, houve qualquer coisa de Cesário e muito, mesmo muito de todos nós, a nossa identidade que, apesar de problematizarmos sempre, ela existe e o futuro, o futuro a Deus pertence, se é que esta proposição com o sujeito Deus, ainda faz espécie a alguém, ou se é um problema para cada um, porque um dia entrámos num lugar e nos disseram que estávamos ali porque alguém acreditava em Deus e era dessa força que provinha todo o alimento e, não menos a confusão. Depois de Babel, o mundo não mais foi igual, e ficou encarregado o homem de refazer o mal que causou a quem? a ambição de ser Deus, os deuses contra Deus, seres de liberdade. “Vamos? Não vamos, Chegamos?” (Sebastião da Gama).
Foi pena não termos tido a celebração eucarística. Sou um beato? Sou um crente? Quem dera saber, seria mais pacífico. Deus morreu? Quando o homem morre um pouco em si. Perde o desejo de se procurar com os outros, que cada um procura-se e só em Deus se reencontra: inquietus cor meus et in Deo quietus est(STº Agostinho).
Pois, nunca tinha abraçado os colegas com tanta amizade. E a amizade move montanhas. Aquilo que inicialmente parecia um incómodo soube a um prazer insubstituível. Que poderíamos ir a outro lado, claro, mas não era igual. Olhar uma carvalheira ou um caramanchão ribeirinho e curtir aquele éden egologicamente só com o nosso prazer sem ninguém a ver, sem ninguém a ver-nos naquele comprazimento tão do próprio e do alto da nossa sela a curtirmos como único e só nosso.
Mas, podem crer, soube bem. Não só na charla com os varões, mas com as donzelas das intempéries e das bonanças.
Que deveriam ir mais? O verbo dever é forte. Lá estamos sempre contra a liberdade de alguém, o desejo sempre da ordem cósmica. Já me esquecia da teoria do caos. Como governar no caos. Que cada um pode ter o seu caos, percebo. Mas todos a viver o caos dos outros, foge.
Eles virão se quiserem
se eu vim até este lugar
se amei beber na fonte
origem do encontro,
também podes vir
e não há culpa ou expiação
libertaremos o eu no reencontro dos eus
Com eles construiremos a fratria
onde tu te anuncias
e regressaremos sempre ao tempo
de sermos o promontório
pr’a outra margem.
Ismael Malhadas Vigário
Porque hoje , o dia sorriu p'ra mim
Venho dar-vos o recado
Do que hoje me aconteceu
Por companheiros fui visitado
E que grande felicidade me deu.
Pediram-me versos como prenda
De pronto respondi em negação
Não faço versos por encomenda
Faço-os sim ... Por intuição.
Os nomes deles não vos dou
Não os vou denunciar
Podeis saber quem eu sou
Mas não sabeis de quem estou a falar .
Já somos
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LISTA DOS FUTUROS PRESENTES NO ENCONTRO NACIONAL 2014
01. Vieira
02. Alexandre
03. Arsénio e Carolina
04. Nabais e Micas
05. Assis
06. Barros
07. Delfim e Dulce
08. Cabral e Antónia
09. Serapicos e esposa
10. Peinado
11. Martins Ribeiro e Conceição
12. Sacadura
13. Castro
14. Ismael Vigário e Fátima
15. Eugénio e Maria do Céu
16. António Rodrigues e Silvina
17. Aventino (não comunicou que não vinha! ehehehehe!)
18. Cardoso e Luísa
19. Lage e Adília
20. Barreira e Isabel Maria
21. Bernardino e Domitila
22. Pedrosa e Manuela
23. Samorinha
24. Duarte Almeida e Maria de Fátima
25. Freitas e Idalina
26. Sampaio Gomes
27. António Gomes e Balbina
28. Campos (Fernando)
29. Adelino Padrão e Eulália
Amigo e companheiro Rodrigues;
esse meu poema á mulher rechochudinha foi publicado neste nosso espaço não tanto pelo seu significado (que pouco interesse lhe atribuo) mas sim pretendendo fazer dele uma pedrada no charco de águas quase paradas em que o nosso sítio quase se transformou; mesmo assim parece que pouca agitação causou para oxigenação das mesmas. Quanto ao poema em si e não pretendendo fazer uma auto-crítica devo dizer que ele é subjectivo pois as mulheres - e como muito bem diz o amigo e eu concordo- são todas bonitas, mesmo aquelas que se julga serem feias. Depois, a concorrência é que dita as suas regras e elege aquelas de quem mais se gosta pelo que, todas elas são merecedoras de qualquer poema laudatório. Não direi tanto do protótipo da referida padeira de Aljubarrota que, mesmo assim, a História não reza que fosse, na verdade, uma mulher do tipo virago, podendo ter sido até um exemplar de luminosa beleza feminina. E não faço nem farei poemas inflamados dessa natureza com medo de que, em vez de um esbelto corpo de donzela, possa estar a glorificar um daqueles conhecidos machorros travestidos de virgens pudibundas ou de elegantes vestais. Fazem-me lembrar uma mulher espadaúda do lugar da Peneda, tanto quanto sei ainda viva, daquelas ditas de pêlo na venta e de bigode assanhado, chamada Ti Maria Larua que quando urinava de pé, fazia no caminho por onde seguia tal buraco que nele se podiam abrigar coelhos ou mesmo outras reses. Consta até por aqui que, em tempos mais distantes, chegou a abrigar debaixo das saias alguns contrabandistas que fugiam da guarda fiscal, muito embora os infelizes que deitavam mão de tal artimanha ficassem depois meio intoxicados pelos pestíferos aromas do abrigo. Por isso, caro Rodrigues, não conte com um poema desses vindo da minha parte. Volto a dizer que toda a mulher é um ser intemporal, uma maravilha de Deus que terá sempre a minha incondicional admiração até que a cova ma corte cerce. Quanto ao mais e nesse aspecto é tudo uma questão de gosto, absolutamente legítimo e sacrossanto. Vamos ver se isto por aqui se anima; senão até sábado em Gaia. Até lá, o meu abraço.
Com apreço e solidariedade com algumas produções literárias que ultimamente têm aparecido cá pelo nosso site direi:
Amigo Martins Ribeiro, em meu entender, apesar de amplo e generoso, o teu enlevo parante a beleza feminina proporcionou-nos um bom poema.
Em jeito de provocação, li ou ouvi dizer que não sei quem, mas não fui eu, afirmou um dia que não existem mulheres feias, existem sim belezas mal compreendidas. Nesta perspectiva, como não a reconheço incluída neste teu poema, será que nos poderás oferecer um outro poema, assim bem contruído, onde as viragos - tipo Padeira de Aljubarrota, segundo alguns dizem - surjam artisticamente apreciadas e enobrecidas?
Não me leves a mal. Quando muito, entende-a como uma pequena e bem intencionada provocaçõ de um amigo recente.
Amigo Alexandre, com solidariedade acompanho o sentimento de perda, bem-querer e o elogio feito à inexcedível beleza e grandeza da tua Helena de Lisboa e intencionalmente me fico por esta.
A de Tróia, depois de raptada aos onze anos de idade por Teseu, aparece-nos mais tarde rodeada de aias que em tudo a servem, disputada por mutos, nobres e excelentes pretendentes que, por sugestão de Ulisses, firmam compromisso entre eles de respeitarem a escolha que ela fizer e todos ajudarão Helena ou o seu eleito no caso de agravo ou ofensa maior.
Surge lá pelo palácio Páris, o hóspede conveniente que por insolência, sedução dela ou mútua, a rapta e a leva para Tróia onde não é bem vista nem bem aceite.
Por causa do compromisso firmado entre os primeiros protagonista juntam-se e partem vários chefes gregos e seus homens para irem resgatar Helena e repararem a honra do ofendido? Para conquistar Tróia? Não o sei dizer mas. segundo a tradição, muita gente inocente sofreu e/ou foi imolada, sendo caso extremo o sacrifício de Ifigénia.
Depois de Teseu, Menelau, Páris e Aquiles, este por intervenção de Afrodite e Tétis, segundo duas palinódias, Helena nunca existiu e, se existiu, nunca terá estado em Tróia.
Sendo a de Lisboa de beleza e bondade tão singulares, oxalá tenha usufruído momentos de extrema felecidade, levando deles ternas e bem queridas recordações.
A Wikipédia, a Infopédia e o livro " Estudos de Cultura Classica, 1º. volume", da Drª Helena da Rocha Pereira, se bem os consultei e interpretei, permitem-me divulgar esta minha opinião sobre a Helena de Tróia, bem diferente da que pretendo manifestar acerca da Helena de Lisboa.
No próximo dia vinte e em Gaia, espero poder estar convosco.
Um abraço.
António Manuel Rodrigues.
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