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2014-10-09

manuel vieira - esposende

O nosso colega Aventino fez perrice com a sugestão de um salto ao Douro Interior.mais propriamente até à cidade de Miranda do Douro, de onde se avistam desde as fraldas da catedral do Menino da Cartolinha, as arribas profundas do Douro Internacional, que tão bem complementa o outro Douro, que endemoninhou o poeta médico e o elevou à fama das alturas de Galafura, que o ano passado testemunhamos.

Fez perrice e bateu várias vezes com a mão no tampo polido de pau de cerejeira repetindo: discordo, discordo, discordo.

Atemorizou-o ao que julgo, o naco grosso de vitela lançado à grelha com um humilde  punhado de sal marinho, selado dos dois lados pelo ferro bem quente em brasido de oliveira.

Lá dentro cozinha-se já o butelo com cascas, o cordeiro tenro, a perdiz, o coelho bravo, a lebre e o javali e o bacalhau e o polvo.

A alheira, o chouriço e o salpicão complementas as entradas mas aquela posta na grelha ia já em pão largo e caseiro amornada pela colheita tinta do ano passado.

É verdade que os sabores mirandeses têm andado mais pela posta mas os eventos gastronómicos da região mostram já uma diversidade que esconjura qualquer dieta.

A cidade antiga foi revitalizada e está convidativa e os Pauliteiros de Miranda e a Capa são marcas bem defensáveis. Um passeio no Douro Internacional por entre as arribas é um cartaz convidativo e as vilas e aldeias do distrito bragançano, nomeadamente a sua sede, preenchem qualquer mortal.

A construção do IC5 entre o Alto do Pópulo (Vila Real) e Miranda na distância de 135 kms, inaugurado em Maio de 2012, facilita muito o acesso à terra dos Pauliteiros.

Terá sido com estes afetos que alguém me sugeriu a bonita cidade transfronteiriça e a região envolvente, num Portugal, que como refere o Aventino, nos oferece tantas e tantas opções e que são agora um desafio para uma escolha que precisa também de voluntários para a logística terrestre.

O Aventino aborda, como já o fizera na Assembleia Geral, o velho problema dos "Outros". Onde andam os Outros e porque não aparecem?

A nossa base de dados aponta cerca de 3 centenas de nomes e pode dizer-se que apenas 1 terço já teve contactos com a Associação. Podemos discutir as causas e parece-me que algumas ou muitas delas têm a ver com o passado, que não podemos alterar. Alguns mais novos já vieram cá picar o ponto e sentiram que o ambiente não era deles e não voltaram. Outros mais velhos já por cá andaram mas esqueceram o endereço.

Mas eles "andem aí" como alguém disse...

Claro que são temas interessantes e que merecem uma abordagem séria e profunda. Depois desenha-se  um plano de acção que defina tarefas, atores e prazos embora tenha de repetir que são sempre os mesmos a arrumar as cadeiras.

Teremos coragem para concluir este desafio? Talvez...

2014-10-08

Aventino - PORTO

 

DE QUE SOMOS FEITOS? DE VIRTUDES OU DE DEFEITOS?

Fala-se já de 2015. Fala-nos Manuel Vieira que alguém sugeriu Miranda do Douro para o Grande Encontro 2015. DISCORDO, discordo, discordo, discordo. E porquê?:

1. Não acrescenta NADA ao Grande Encontro de 2013, bem pelo contrário. O mais belo DOURO do nosso Douro e do Douro Internacional situa-se, claramente, no percurso que contemplou o ano 2013. Relembro aqui que fui o primeiro a sugerir o DOURO no ano transacto (pelo menos neste FALE CONNOSCO) e que tenho pelo DOURO um fascínio de tal modo enlevado que o considero um dos mais belos territórios do mundo.

2. A gastronomia da zona de Miranda do Douro é limitada, sobretudo quando comparada com as de tantas outras regiões do nosso Portugal. Assente na carne de vitela, nada mais se pode esperar que a alta qualidade dessa carne. E fica por aí. A acrescer a isso, uma só refeição deita por terra o melhor dos gastrónomos, da tal forma que quem almoçar não mais tem barriga para os dois ou três dias seguintes.

3. Culturalmente, para além da paisagem, bela com certeza, da judiaria e do mirandês, a minha ignorância não me deixa vislumbrar mais nada.

4. A distância é uma longa distância maxime para os companheiros que vêm do Sul. Chega-se mais depressa à Madeira ou a São Miguel do que a Miranda do Douro. SÃO MIGUEL ou até o PICO, isso sim é que são o REINO MARAVILHOSO de que TORGA nos falou quanto ao Douro. SÃO MIGUEL, sim, é que seria um grande atrevimento e ousadia dos AAAR's.

ORA, há tantos outros e grandes lugares do nosso portugalzinho que têm mais encanto, diversidade, originalidade e até condições de acesso. E que, desde já, lanço à discussão:

-CAMINHA e todo o estuário do Minho; desde Viana do Castelo até Valença e A GUARDA. Gastronomia, beleza, património cultural, diversidade, acessibilidade.

-ÓBIDOS e toda a região, desde Mafra até Peniche (terra feia e de comunas) mas com o seu encanto de mar, do surf, do peixe e do horizonte.

-CASCAIS: cultura, beleza, suavidade. O peixe e os mariscos. A Casa das Histórias e o Centro Cultural de Cascais. O novo Museu do Mar e alguns resquícios da Coleção BERARDO. SINTRA ali mesmo à beira. O Casino do Estoril com entrada livre, bufet a 15,00 euros, espectáculos permanentes e de entrada livre.

-LISBOA: a terceira mais bela cidade da Europa e a segunda mais bela capital da Europa. O Chiado, o Centro Cultural de Belém, o Museu Nacional de Arte Antiga, Alfama e Mouraria e a auto-estrada para o PORTO.

De alternativas não temos falta. Nem de associados da AAAR. Temos é falta de empenho e de quem participe, isso sim, temos muita falta. Já pensaram bem que não chegou a 10% a percentagem dos associados que compareceram ao Grande Encontro 2014? 

P.S. Voltarei aqui para me pronunciar sobre o ser e sentir do nosso Grande Encontro 2014. Hesito apenas entre a forma farisaica, irónica ou frontal.

 

2014-10-07

Manuel Vieira - esposende

Ao reler alguns comentários tenho de me referir ao texto do Lamas, que muitos anos depois cumpriu a curiosidade de rever o corredor dos Prefeitos, as salas de aula e de estudo e o Gabinete do Padre Manso. É verdade que se tivesse ido acompanhado do padre Fontes de Montalegre outros diabos ele teria afugentado do seu subconsciente mas foi o Nabais o seu guia e certamente aquele ano e pouco que viveu no casarão trouxe-lhe curtas memórias, embora as suficientes para acender as luzes do temor. Como em quase todos os colégios internos as histórias têm o perfume de algum mistério e enredo.

Conversava há uns tempos com uma figura que frequentou o Colégio das Caldinhas em Santo Tirso no tempo do Estado Novo e dirigido por padres. Era só para alguns pois os custos do internato eram enormes e os pais ricos entendiam que a disciplina dos padres é que faziam os homens grandes e muitos deles contam histórias do arco da velha dessa meninice e é bem  verdade que alguns deles "chegaram longe".

Em carro ligeiramente diferente alguns ou bastantes dos nossos colegas também chegaram longe mas a verdade é que as marcas visíveis em alguns testemunhos acabam sempre a boiar junto aos seios das donzelas. Outros, como o Lamas, não nasceram para internatos e chegaram a Gaia completamente contra a vontade e quando assim é, é.

O Lamas fez uma viagem longínqua  nos minutos que levou a calcorrear os espaços repetidos do corredor e das salas e valeu-lhe o fumigar do assador das febras para afastar as fobias  das sombras de algumas lembranças de uma infância em terras da Barrosa, que foi curta mas marcante, Como seria ele hoje se tivesse sobrevivido âqueles temores de uma casa enorme e aguentasse mais uns aninhos a subir até ao bosque?Então sim, o seu almanaque de histórias seria enorme e teria por certo também as bençãos de S.Frutuoso.

2014-10-07

manuel vieira - esposende

Veio a chuva a mostrar que o Outono é para se respeitar e para afirmar que cada estação tem ou deverá ter as suas ementas, a espessura adequada dos tecidos para debelar a frescura das noites e os cuidados necessários às especificidades da mudança.

Curiosamente e depois de um Encontro Nacional em Gaia, era expectável que alguns testemunhos traduzissem o que cada um sentiu mas acaba por não ser diferente  de outros Encontros, em Gaia ou não, que trazem o silêncio, salvo as exceções.

Eu sei que hoje temos o facebook que nos remete para um público mais diversificado e que nos rouba motivação e é natural que assim a "rodinha" não ande.

No Encontro falou-se nos constrangimentos da publicação da Palmeira em papel que é remetida para cerca de 3 centenas de endereços e não faltaram sugestões que podem minorar os custos e podem ser estudadas soluções adequadas com os tempos.

Também o Encontro do próximo ano já deu azo a sugestões e Miranda do Douro com o Douro Internacional foi apontada como um destino interessante tendo em conta as novas acessibilidades.

São meras sugestões escutadas nos corredores que devem ser contrastadas com outras ideias que podem contribuir para programar os tempos próximos da nossa vida associativa.

2014-09-27

francisco Cabral de Sousa - Estoril

O nosso Encontro de 20 de Setembro ultrapassou, deveras, as minhas expectativas. E estas surgiram logo, pela manhã, quando, no átrio (recepção) me dirigi a um companheiro e revelo ser do curso de 1955, do curso do Pedrosa e.... este me respondeu... o Pedrosa sou eu. Este encontro recordá-lo-ei para sempre. São estes imprevistos que nos fazem amarrar à vida. Depois, tudo se foi desenrolando com pura amizade e canaradagem, cumpridas que foram as regras de civilidade que, momentos antes, nos foram incutidas na aula do Padre Vaz. Parabéns aos que "pariram" este encontro.

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