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2015-01-15

Manuel Vieira - esposende

A natureza apontou-nos o frio e agora também a chuva para mostrar que os ciclos se repetem apesar das desconformidades que por vezes nos levam a fazer supor que anda tudo mudado e num eco desvario.

Também connosco isso acontece pois já se prepara o próximo Encontro Nacional que estamos a apontar para os dias 1 e 2 de Maio, seno o Centro do país o destino preferencial com um itinerário que deve passar por mosteiros, grutas e castelos a findar em Leiria.

A equipa organizadora já está no terreno a preparar a logística e é importante que apontem na vossa agenda aqueles 2 dias.

 

2015-01-13

Arsénio Pires - Porto

Companheiros de jornada:

Saudações cordiais.

Sempre pensei que os “Resultados globais da Sondagem de Opinião” sobre a nossa Palmeira fossem facilmente perceptíveis. Pelos vistos, não! Ou, então, apesar de perceptíveis, o povo está a demorar a digeri-los.

Pode ser que, nos próximos meses, alguém queira  manifestar-se nesta arena (salvo seja...)!

A Bem da Nação.

2015-01-08

Arsénio Pires - Porto

Amigo:

A Sondagem de Opinião sobre a nossa Palmeira foi um êxito! Responderam 35 associados.

O nosso sincero agradecimento.

Podes ver os resultados globais em “NOTÍCIAS”.

Na Palmeira, que vai sair na próxima Primavera, faremos uma análise destes resultados. Tomaremos, desde já, algumas decisões no sentido de irmos ao encontro dos mesmos, não esquecendo as muitas sugestões que também nos chegaram.

Entretanto, pedimos a todos aqueles que nos responderam manifestando a sua disposição para colaborar com artigos (e foram 17 os que o fizeram…) que no-los vão enviando para:

arseniopires@gmail.com

Tema: Totalmente livre.

Única condição: Não ultrapassar 750 palavras.

Bom Ano 2015.

 

2015-01-08

José Manuel Lamas - Navarra - Braga

             

 

                          Meninos que em Vila Nova

                          Fostes filhos da nobre Palmeira

                          Vinde aqui e prestai prova

                          Dizei-nos como foi a vossa vez primeira

 

 

       Aquele abraço

 

                                  Zé Lamas 

2015-01-02

Alexandre Gonçalves - Palmela

BARROSAL ll

 

Como um professor escrupuloso, que prepara metodicamente as aulas, trazia eu um texto mais ou menos alinhavado, para entrar como um navio em dois mil e quinze. A noite arrefeceu muito e o coraçâo ficou a flutuar no tempo, entre uma coisa velha que morre e outra nova que emerge à flor das palavras. Primeiro era um apelo a tudo quanto começa. Partir, navegar, investir contra a decadência. Depois, um resíduo melancólico, por termos de suprimir de uma só vez um calendário inteiro. Abater um ano mais à escassa contabilidade dos dias é quase uma dor inconfessável. 

É nesta ambiguidade que me saltam à vista três textos inquietos e inquietantes. A arrogância épica de que estava munido diluiu-se como poeira, soprada por esse vento nervoso recém-chegado de vila nova. Começo por saudar a coragem confessional e comovida dos seus autores. Não é a primeira vez que este esforço de catarse aflora tanto à escrita como à fala. Mas não me lembro que alguma vez tenha sido tão intenso, tão pungente e tão sincero. Cada um sabe o que poderia dizer, se a dor de o lembrar o não inibisse. De uma só vez, mataram-nos a mãe, o pai, a irmã e a prima. Abafaram-nos a consciência e os sentidos com narrativas que sucessivamente se foram revelando falsas. Ficámos sozinhos no deserto, a morrer de sede, alegando que a água das fontes era imprópria para consumo. Tudo em nome de um Deus possessivo, ciumento e pagão.

Tens dez, onze ou doze anos. Vens de extractos sociais humilhados e humilhantes. Pertences muitas vezes ao número dos que sobram ao nascer. Os escassos recursos do teu país não te incluem nos orçamentos. À sua maneira, é a tua mãe que te conjuga o verbo amar. Sendo varão, és para o teu pai um braço promissor, para a subsistência familiar.Nestas condições, que futuro te aguarda no fim dos caminhos? Agora já podes responder. O futuro tornou-se passado, mais velozmente do que pensávamos. Chegámos tarde a muitos lugares determinantes. Muitos de nós andámos a dar a Deus o que era exclusivamente nosso. E aí jogou-se a nossa vida. E para perdermos um pouco mais de tempo, inventou-se a teoria da gratidão. Deus foi bom connosco. Tirou-nos das garras da escravidão, rasgou em dois o mar vermelho e levou-nos à terra prometida. O resto dos salmos, quem os não sabe?

Comove-me a teoria da mãe. Da sua ausência. Os beijos que não foram dados. Até há quem tenha, nas suas contas pessoais, o número exacto das vezes que dois lábios pousam devagar na pele de um menino. Outros asseveram mesmo a inexistência de tais gestos. A mãe perdeu-se numa fotografia desbotada. Citando opiniões mais sabidas, talvez seja credível a tese segundo a qual será triste a condição da mulher que confiou de vez os seus favores a um pressuposto filho de Deus. E o pai, esse que entrega pessoalmente o filho, como se duma  encomenda se tratasse, junto de uns portões medonhos que, ao cerrarem os seus maxilares, como que o mastigam para sempre? Como poderá esse pai voltar a casa sem um grito, mesmo que ninguém o ouça?

Desabafando um pouco a minha parte, direi que um dia, em setembro, passou e parou na minha aldeia uma carreira cancerosa. Na curva que precedia a paragem, o motor gaguejou e botou fumo, como se estivesse a arder. Depois o condutor e o revisor, que vinham do fim do mundo, foram afogar-se na taberna. No regresso, o motorista solicita o volante. O revisor pega na manivela e põe aquela cousa toda a tossir e a tremer. A minha mala de cartão castanho é presa num gradeamento, no cimo do "telhado" da camioneta. A estrada é a subir e o motor ronca  em aflitivo desespero. Não me lembro nem de um beijo nem de nenhum abraço. Houve uns vagos apertos de mão, que eu nem sabia como se faziam. Ninguém chorou e eu mem sabia se devia ou não fazê-lo. Daqui a cinco anos, alguém se esconderá, por detrás de um reposteiro, chorando a minha despedida. Mas hoje está tudo tranquilo neste recanto da terra. E eu fujo para o primeiro banco disponível e nem por segundos olho para trás. Ao fim do dia, vejo, pela primeira vez, um comboio, que era  mais negro que a cozinha lá de casa. A tarde escurece e pouco depois a noite uniformiza de negro as margens da linha.Tenho medo. A meu favor só existe a possibilidade verbal de fazer perguntas, para saber onde mudo de comboio e onde é a estação de vila nova. Ainda me lembro do ranger sinistro dos portões. E entro para sempre no mistério selado destes muros, de cujas sombras ainda hoje me dói a memória. 


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