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2015-04-05

António Manuel Rodrigues - Coimbra

Embora tardiamente, desejo a todos os AARs uma Páscoa de vera saúde e felicidade, sejam mais antigas ou recentes, mais ou menos intensas, as saudades que a todos nos atingem.

António M. Rodrigues


2015-04-03

Pedro Peinado Jr - Braga

Meus caros,

O melhor siginficado que podemos dar à tradição da Páscoa é não nos esquecermos de a relembrar e celebrar.

Estando nós em pleno séc. XXI, onde a palavra "liberal" parece ter cada vez mais força, já muitos da minha e da vossa geração se esquecem de pensar ou meditar, nesta época festiva/religiosa. Uns ainda vão cumprindo, outros não ligam e outros ainda sabem que à sexta não se pode comer carne.

Portanto, a verdadeira celebração que podemos ter nesta Páscoa, é estarmos juntos daqueles que nos pertencem e falarmos à mesa, nem que seja por 5 minutos, sobre a ressureição de Jesus e lembrarmos o verdadeiro significado, destes dias.

No meu caso, digo-vos que de vez em quando lá me esqueço de comer o peixe em algumas sextas, mas concerteza que não me esqueço do significado da Páscoa.

Na cidade onde vivo e vivi a maior parte destes 25 anos, é a semana mais bonita do ano. As casas brilham, as ruas ficam todas embelezadas com um cheiro puro de flores...Anda tudo de cara lavada, poucos trabalham no comércio e muitos em casa ajudam nas lides domésitcas.

Apareçam em Braga, nestes dias! E não se esqueçam, sejam malandros e que vos saiba bem o Cabrito assado com batatinhas e do pão-de-ló com queijo D.Pedro.

Boa páscoa para todos...e como dizia o outro: Voltarei em breve!

Peinado Jr.

2015-04-01

A. Martins Ribeiro. - Terras de Valdevez

A chegar do café tinha em cima da minha secretária a nossa PALMEIRA. Abri-a assim de relance e (que quereis) fiquei de boca aberta, linda que ela está; desta vez com uma colaboração muito bem concebida, bom aspecto gráfico e muito bom papel. Poderá não ser uma “Lady” sofisticada mas é, certamente, uma satisfação para a nossa alma de AARs; e é para nossa fruição que ela existe, por isso, tudo o que se disser a mais serão palavras desencontradas. Não me tendo pedido o Arsénio uma colaboração específica fiquei, no entanto, surpreendido com a publicação de um pequeno texto que em tempos inseri no FaceBook e que ele aproveitou para este número. Caro Arsénio, entendo que se trata de um trecho de pouca monta ou interesse escrito em tempos de fogoso romantismo e que já viraram saudade; só lhe agradeço a atenção e não me “roubou” nada. Parabéns a toda a equipa da Redacção.

 

Depois de ver o programa preliminar do nosso passeio a realizar em Maio só quero exprimir uma opinião; a de que fiquei muito agradado porque ele vem de encontro á sensibilidade minha e de minha mulher: embora lugares muito conhecidos são, contudo, lugares míticos e próprios para ser vistos, revistos, “trevistos” e “retrevistos”. Aliás, considero que um AAR é uma pessoa “superior”, pela sua educação, pela sua postura na vida, pela sua sensibilidade á Beleza, á Arte, á Monumentalidade, á História, ás Maravilhas naturais, a toda a Cultura: porque não, também, pelo seu gosto de bons acepipes e néctares (dádivas de Deus), cabritadas, lampreiadas, mariscadas, favadas e tudo que sirva para nos juntar á volta dum sagrado lenho em fraterna comunhão. Muito bem, caro Arsénio, pelo seu fino gosto. Magnífico! Conte, desde já, conosco, caso assim Deus o permita!

2015-03-30

Arsénio Pires - Porto

Este post do Aventino levantou-me da modorra em que bocejava frente ao computador. 

Sempre o Aventino, o saudavelmente provocador.

E aqui vou eu.


Haverá diferença entre interior e exterior?

Serão o mesmo ou haverá túneis ignorados entre eles?

Serão espelho um do outro?

Qual deles será o mais importante?

Existirá um interior e um exterior?

Interior ou exterior a quê ou a quem?

Poderíamos filosofar até ao tédio final. Nego-me a inutilidades.


Mas, como estamos em maré de citações, aqui vão duas que muito aprecio e muito me têm orientado ao longo dos dias. Ei-las:

“É por dentro das coisas que as coisas são.” (Sebastião da Gama)

“O essencial é invisível aos olhos.” (Saint Exupéry)

Vem isto a propósito do exterior com que os tais “do Seminário” foram acompanhar o que restava do seu amigo (o exterior dele?). E éramos 25… Les Misérables. 

Destes 25, pelo menos 5 (que me lembre) acompanharam o interior do nosso amigo. No hospital. Lá onde o interior se vai desfazendo e um aperto de mão, com palavras quentes prometendo próximas lampreiadas e favadas, representa o que de mais belo, sincero e importante há no mundo que se adivinha cada vez mais distante através da janela que se fecha escura logo que as visitas vão para casa… e o silêncio cai como granito. Alguns daqueles 5 Misérables (ou todos?) saiam com lágrimas a assomarem-se ao exterior borbulhando a partir do tal interior.

Eles… sem gravata preta. Sem fato ao rigor. Com o fado que canta: “Quando eu morrer, rosas brancas/ ninguém mas venha of’recer.”

Que frágeis e curtos são os nossos dias e noites.

O pó cobrirá as nossas vestes.

E o vento levantará o pó sobre as lápides do tempo.

Dos nossos tempos.

2015-03-29

AVENTINO - PORTO

15 horas. Março. Igreja de Santo António das Antas. Porto.

Dos longos silêncios se ouvia tudo. Aves sobrevoavam. Vozes surdidas surdiam sentimentos, "os meus sentimentos" repetidamente. Aqui e ali lágrimas contidas, flores, sinos vazios, o momento já não espera a morte. A um canto uns, noutro canto outros, AAR´s como se fossem saídos do Les Misérables de Victor Hugo ou das catacumbas do Fantasma da Ópera.  Triste a nossa figura em momento solene,

(e os padres, do alto da Quinta da Barrosa, "o exterior reflecte o interior"),

AAR´s de camisa aberta, os casacos e os Kispos desbotados, calças enrodilhadas, séculos de ferro de engomar sem por ali passar, sapatos conspurcados, sujos, envergonhando alguns outros que também são AAR´s e souberam estar à altura da nobreza que o momento impõe.

"O exterior reflecte o interior" e a barba por fazer, os olhos enxarcados, o cabelo desgrenhado. Triste a figura em dia de despedida.Que alma nos corre? desiludida, vazia, miserável? Como poderemos dizer que somos REDENTORISTAS, filósofos, teólogos, poetas, escritores, advogados, intelectuais elevados á categoria de imortais, se passeamos esta triste figura exterior de abandonados do desencanto?!

(Ensinaram-nos que é preciso respeitar os vivos e honrar os mortos ou qualquer outra coisa assim ou o seu contrário!) Ou não ensinaram?!

Quando a missa acabou, aportámos à porta da igreja. O sol inclinado perturbava o olhar. Ao portão havia pessoas, gente acumulada, diálogos. Um grupo destacava-se:

maltrapilhos, velhos, em cavaqueira de café como se o momento fosse de cavaqueira de café.

"Arrumadores de carros nesta hora"? alguém disse ao meu lado, surpreendido pela visão do número que compunha o lote. Não, respondeu outrem. São do Seminário. E fez-se novamente silêncio.

Quando eu morrer quero ver-vos assim, de novo. Para que vos possa dizer "queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável"?(Fernando Pessoa), Levanto-me do caixão, pego nas moedas que ali me deixaram para pagar ao barqueiro e dou-vos. Haverá sempre algum adeleiro por ali perto.

Um pouco mais de luz e eu era belo;

" um pouco mais de sol - eu era brasa". (Mário de Sá-Carneiro) 

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