Bom dia companheiros.
Já temos o nosso adorável PASKIM ou PALMEIRAONLINE que é mais elegante a funcionar. É uma alegria para muitos de nós. a sua suspensão já estava a criar uma melancolia em todos nós, e basta ler o texto enviado pelo MANUEL VIEIRA para nos inteirarmos de que sem este espaço estamos todos como o país, isto é mais pobres e quase orfãos.
Bom , mas não foi para dizer isto que eu vim cá hoje, e vamos lá ao que interessa . No passado 26 de Outubro, um pequeno grande grupo de ex-presidiários da QUINTA DA BARROSA, apesar de um dia chuvoso e aparentemente triste, reuniram-se em VIEIRA DE LEIRIA, 12 AAAR, para degustarem um opíparo ARROZ DE MARISCO e só restou as cascas e as CAÇAROLAS DE BARRO.
Dos doze presentes, tivemos três novos aderentes, o VITERBO, o PASCOAL que ricas tangerinas que nos ofereceu, e o FERNANDO CAMPOS condiscípulo que eu já não via há 52 ANOS.
Apesar do dia chuvoso e triste , os nossos corações e espíritos não podiam estar mais satisfeitos . Todos botamos faladura, em parte e como sempre o nosso companheiro ALEXANDRE é o SOL e monopoliza o tempo de intervenção, gosto de o ouvir pois tudo ou quase tudo o que diz tem interesse, mas neste encontro houve dois pontos que me sensibilizaram profundamente: 1º a presença do FERNANDO CAMPOS 2º O discurso do VITERBO, que disse que nunca falou para mais do 3 ou 4 pessoas, o que eu não acredito e presenteou-nos com este POEMA ERA NATAL!
“ Finalmente o NATAL estava a chegar. Nos dias anteriores, todos procurávamos portar-nos bem, mas o João, para não se arriscar a ficar sem presentes de NATAL, passava longos períodos deitado, que iam aumentando à medida que a data se aproximava . Assim, o tempo passava mais depressa e as oportunidades de fazer disparates diminuíam.
Os presentes que o Menino Jesus nos deixaria na chaminé estariam de acordo com o comportamento de cada um, Embora o Menino Jesus visse tudo quanto fazíamos, a nossa mãe não deixaria de nos recomendar, mas, se necessário, também testemunharia em nosso desabono.
No dia da consoada a porta da cozinha era fechada logo após o almoço. Havia que fazer as rabanadas, filhós, cornucópias e aletria. Se tal medida não fosse tomada, e se nós, os seis irmãos, entrássemos por ali dentro, ninguém daria vazão à nossa gula.
A porta abria-se, por momentos ,para uma prova cada um e voltava a fechar-se. Ao entardecer, levávamos aos animais que havia de melhor tudo do que mais gostavam de comer .O Natal era para todos e eles pertenciam ao nosso presépio vivo. Só assim nos poderíamos sentar à mesa, sabendo que todos estavam felizes.
Assim que na serra, a luz começava a esbater-se, os pastores recolhiam os rebanhos. A quietude era total. Pouco tempo depois, os sinos da igreja repicavam alegremente .O som corria montes e vales e misturava-se com o dos sinos das aldeias vizinhas, anunciando Paz aos Homens e Glória nas Alturas.
Quando finalmente nos chamaram, já a nossa mesa estava posta .Entrávamos lavados e vestidos para a nossa festa maior. Por cima da toalha de linho, alva e rendada, fumegavam as travessas com arroz de polvo, bacalhau cozido com couve e batata. Igual em todas as casas. A ceia era alegre e demorada. Seguiam-se as rabanadas, filhós e outros bolos. Depois contavam-se histórias, jogávamos ao par-ou-pernão, ao rapa e outros jogos.
Pela meia-noite alinhávamos as botas junto à lareira e seguíamos alegres e ordeiros para a cama, esperando que, enquanto a neve pousava sobre as telhas, o Menino Jesus descesse pela chaminé, com as nossas desejadas prendas de Natal. Era Natal!
NESTE MOMENTO EM QUE A GUERRA AINDA EXISTE
O ÓDIO SE ENRAÍZA, A FOME INSTALA-SE, PERSISTE.
O DINHEIRO DOMINA, ESCRAVIZANDO O MUNDO.
UM DEUS CRUEL, IMUNDO.
FALHA A JUSTIÇA. HÁ VALORES QUE SE INVERTEM,
PROTELAM-SE OS MAIS NOBRES
VALEM OS QUE PERVERTEM.
DESPONTAM E LOGO ESTIOLAM PRIMAVERAS
MORREM OS SONHOS, ESFUMAM-SE QUIMERAS.
MAS AINDA SE AFIRMAM VALORES QUE NOS LIBERTAM
ESPERANÇA PAZ, AMOR
VENCEM, CONQUISTAM DESPERTAM!
QUE HAJA EM CADA CASA UMA LAREIRA!
É URGENTE UM NOVO NATAL NA TERRA INTEIRA:
NA FAMÍLIA
DE AMOR, DE TERNURA E CORAÇÃO
NATAL DA ESPERANÇA
UM NATAL COMO O MEU
QUANDO EU ERA CRIANÇA .”
Não queria terminar o meu texto sem dirigir uma palavra muito especial ao VITERBO, gostei muito do seu POEMA quando o ouvi ler, mas agora ao transcrevê-lo é que senti toda a profundidade e simplicidade do mesmo, obrigado VITERBO, acompanha-nos sempre pois os nossos almoços são para confraternizar , comer, beber, viver e muito mais como se pode provar.
Por fim e porque já sou capaz de estar a meter nojo a alguém que não pertence ao nosso grupo ( SEITA ), daqui envio o meu abraço ao companheiro JOSÉ CASTRO, não só pela sua presença neste espaço, mas também pelo teor do texto que nos enviou, assim no meu modesto entender é que se é solidário. COMPANHEIROS ATÉ AO PRÓXIMO DIA 12 VOLTAREI - Amigo JOSÉ CASTRO não cobro direitos de autor e estou muito feliz - VOLTAREI
Às vezes penso que estou cansado destas coisas pois outras coisas importantes da vida se sobrepõem e se colocam à frente, obrigando-me a um esforço maior de concentração nas coisas da vida a que a vida obriga.
A vida familiar é para mim sempre prioritária sabendo que da vida profissional ela também depende e em tempos de maior exigência e pressão tem de haver maiores cuidados com a utilização do tempo.
Esforço-me também por experimentar a amizade aproveitando os momentos das oportunidades.
Quando aqui venho em gesto diário esboço um sorriso ao ter novas leituras, porque algum esforço de estar por aqui é compensado.
Hoje apareceu o Castro, normal cliente de bancada como ele afirma e num ápice "botou" letra bonita num texto que soube a pouco, mesmo dizendo muito.
É verdade que depois de ler o Castro senti mais um alívio de alma, um estímulo despreocupado de quem percebe que todos têm a sua vida mas a amizade é também um compromisso.
Antes aparecera o Edgar Lima de João Pessoa, no Brasil, curioso por saber como funcionamos e vou esclarecê-lo por e-mail, de um país que tem outra Associação em Aparecida, a UNESER com quem já temos ligações há algum tempo. Num país enorme os Redentoristas espalharam-se.
Entretanto o Assis anda na reforma agrária, ora em Cedovim alijeirando a terra às oliveiras, ora em Orbacém no Minho dando alento às suas plantações.
O nosso amigo Nabais, que já goza a reforma, andou nas vindimas do verde em Ponte de Lima e agora deu-se em obras pelos lados de Gaia.
O Davide telefonou-me há minutos e jantava no Zé Nabeiro no Soito onde dedilhava um borrego grelhado, um pouco a ver com o que lá "manjamos" este ano no Encontro.
Estas referências foram em jeito de conversa para que percebam que o nosso grupo funciona...
Olá Pessoal!
Sou brasileiro de João Pessoa, extremo oriental do país, portanto mais próximo de vocês. Faço parte de um grupo de ex-seminaristas redentoristas (Redentoristas Ontem e Sempre) que se reune anualmente para se confraternizarem. Já vamos para o nosso X encontro e já trouxemos até um amigo que reside em Portugal. Somos parte da Sub-província do Recife que instalou-se também em Garanhuns e em Campina Grande no estado vizinho. Fiquei interessado em saber como funciona vossa associação e gostaria muito de trocar informações.
ogozxemosxno existimos há jH
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