2020-09-08
manuel vieira - esposende
Conversei há dias com alguns dos nossos colegas que não aparecem pelo “face”.
Escutei o Morais confinado para os lados de Macedo, em Macedo do Mato, na sua casa de lousa de paredes largas, onde não faltam nesta altura uns figuinhos tremendamente açucarados, uns melões gulosos zelosamente guardados sobre palha seca na sua cave fresca e escura, um vinhinho divinal, tudo da sua colheita.
Disse-me que a aldeia já não tem crianças e que nos seus dias calmos sente já o cansaço dos 80, embora nada lhe falte.
Virei a agulha da bússola e rumei para as bandas de Almada, algures por ali. Não conseguia falar com o Davide Vaz, residente num lar, que frequentemente me ligava há 1 ano, talvez. O telemóvel está desligado ou já não funciona, pelo desuso.
Consegui o contacto do Lar e falei com ele. Reconheceu de imediato a minha voz, o que me trouxe alívio. Tem estado internado com problemas frequentes de desiquilíbrios. Repetimos as conversas de antanho. Demos aquele abraço.
Também falei com o Gaudêncio, que me assessorou nestes contactos e tivemos a nossa conversa longa.
Claro que ainda estes dias falei com o Martins Ribeiro, sempre impecável e novo, com o José Lamas, empenado em ascensão e o Júlio Samorinha a visitar a ilha.
Ainda vou ligar a mais alguém ...
Não precisamos de estar à mesa ou num assento de autocarro para "convivermos" ...